O álbum solo do Joe Goddard não é grandes coisas, mas quando ele acerta, ô maravilha.
E é isso que rola em ‘Lasers’. Sente a pancada.
O álbum solo do Joe Goddard não é grandes coisas, mas quando ele acerta, ô maravilha.
E é isso que rola em ‘Lasers’. Sente a pancada.
Remix do John Tejada para o Max Cooper.
Que belezura ficou essa dupla. =D
Mais de um mês de lançado e a música que ainda é a minha favorita do álbum novo do Bonobo é ‘Surface’.
O vocal é o responsável por isso, não tenho dúvida.
Depois de um podcast matador pro RA, um dos meus preferidos de 2016, Keita Sano solta mais um excelente set, dessa vez para a Rinse FM inglesa.
Enquanto o do RA tinha o pé firme no techno, este mergulha fundo na house hedonista chegando a usar sample de De La Soul (‘Saturday’) com batida disco. Tudo bastante ensolarado, uma belezura.
Escuta só:
Que maravilha! ‘Migration’ é o primeiro grande lançamento de 2017.
Aí você pergunta, mas e o XX? Bom, o do XX é meio aquilo de sempre, só que agora sem o fator surpresa… Meio fuén…
Mas voltando ao músico inglês: vemos aqui todo o talento do produtor em relação à combinação de melodias e texturas. São muitos instrumentos e arranjos sutis, sempre bonitos. É música pop eletrônica afogada em sofisticação e bom gosto.
Tem beats para pistas, tem BPMs baixos teores e parte grande da beleza do álbum está, como nas obras anteriores, na escolha dos vocais convidados. Em ‘Migration’ são três: Nick Monaco, Nicole Miglis e Innov Gnawa capitaneando alguns dos destaques do disco.
A Mixmag tascou o Bonobo na capa de fevereiro com uma chamada grandiosa que diz algo na linha ‘como Bonobo se transformou no maior nome da música eletrônica atual’. A matéria foi escrita pelo sempre confiável Joe Muggs, vale a leitura. Não é pouca coisa.
Já estou afogado na curiosidade para ver como o músico vai levar o álbum para o palco. Torcendo muito para esbarrar com esse show.
Depois do sucesso da excelente ‘Sideral’, a dupla Talaboman está de volta. Dessa vez pra um álbum inteiro!
Nível de ansiedade tá como? Batendo no teto!
Se liga no teaser que saiu ontem:
Vai aí embaixo o texto que fiz pra galera do Pulso sobre a primeira edição do Dekmantel no Brasil, que rola em São Paulo nos dias 4 e 5 de fevereiro. Cai dentro!
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A melhor notícia de 2016 foi que em 2017 teríamos a primeira edição do Dekmantel Festival no Brasil.
O evento-mãe, que rola em Amsterdam e chegou à sua quarta edição em 2016, já é considerado um dos mais conceituados festivais de música eletrônica do mundo porque vem conseguindo aliar um line-up variado e respeitadíssimo, local impecável (um parque com muito verde nos arredores de Amsterdam), clima intimista (lotação total: não ultrapassa 10 mil pessoas) e conforto para o público (sem filas nos bares! Banheiros limpos e sem perrengue!). Fiz um review pro Pulso, confere lá.
Portanto, é com muita ansiedade e expectativa que espero a chegada do Dekmantel ao Brasil. Tá com cara de que vai ser fodão. Abaixo vai um guia do que é imperdível no line-up entre as atrações gringas. Semana que vem rola um pente-fino nos nomes brasileiros.
Vem comigo! =D
Nicolas Jaar – É a principal atração da edição brasileira. Vai apresentar no festival seu live novo, baseado em ‘Sirens’, seu EX CE LEN TE álbum lançado no ano passado.
Lena Willikens – Fez o melhor set (pra mim) da edição do Dekmantel em Amsterdam: estranho, percussivo, um pé no techno, outro no electro, com ares vintage. E sem perder a pista de vista, com domínio técnico impressionante. Estou sedento por tudo isso de novo. Não perco por nada.
Moodymann – Outro gigante dessa edição. Dono de clássicos da house e do techno, traz toda a história de Detroit nos ombros. Tem cara de que vai promover um bailão black com muito funk, disco e house. E, como de costume (tomara!), vodka para a galera da primeira fila. O problema é o seguinte: o horário dele bate com o da Lena Willikens. Infelizmente é isso: mesmo horário. Fudeu, não sei o que fazer.
John Talabot – Se fizer um set melódico, cheio de texturas e samples vocais como os das duas produções em estúdio, pode ser o grande nome do evento.
Jeff Mills – Nome fundamental do techno, inovou onde foi possível e influenciou meio mundo. Respeito muito. Quem nunca viu, vale ver. Mas confesso que, apesar de toda sua importância, os sets de Mills são praticamente os mesmos há tempos: techno de 134 bpm com ‘The Bells’ salpicada ali no meio, tudo acelerado e flat, sem grandes variações.
Ben UFO vs Joy Orbison – A dupla vai repetir a dobradinha que vem fazendo há algum tempo. O back-to-back deles na edição de Amsterdam foi um dos melhores do festival.
Nina Kraviz – Diva polêmica, vem trazendo na bagagem um set de techno pesadinho (se repetir a performance que fez no Dekmantel Amsterdam em agosto passado) e muitos elogios ao volume 91 da série Fabric, mixado por ela e que entrou em quase todas as listas de melhores de 2016.
Ben Klock – Dos nomes mais populares desta edição, vai encerrar o Main Stage no sábado à noite. É lenha!
Kornél Kovács – Um dos destaques da música eletrônica em 2016 com o disco ‘The Bells’. Nunca vi fazendo DJ set, mas levo fé.
Hunee – Faz parte da gangue holandesa do evento (o Dekmantel foi concebido e criado por um grupo de amigos holandeses e sempre traz em seus line-ups uma quantidade considerável de nomes da cena holandesa) e tem um álbum muito, muito, muito bom no currículo lançado pela Rush Hour: ‘Hunch Music’.
Makam – Da trupe holandesa, talvez seja o que mais me agrada. Tem um pé (mas não muito) na estranheza que me agrada muito. Olha que maravilha é ‘What ya doin’’. Ou ‘Girls Night’
Palms Trax – Também da trupe holandesa, sempre recheia seus sets com bastante groove, deixando o clima sempre animado, pra cima.
Tom Trago – Nome importante da cena em Amsterdam, sempre arrasta muita gente em seus sets. Pode ir da disco ao techno, por exemplo. É um nome que vale ficar atento.
Helena Hauff – Injetou sangue novo na cena techno em 2015 com o álbum ‘Discreet Desires’. Fez um back-to-back com Ben UFO no Sonar Barcelona 2016. Se mantiver o mesmo clima, é paulada na orelha sem dó.
Awesome Tapes From Africa – Começou como um selo, hoje é também a alcunha do DJ, produtor, colecionador e o escambau Brian Shimkovitz. Como o nome sugere, beats fora do eixo house/techno usual.
Fatima Yamaha – Ouvir ‘What’s a girl to do’ ao vivo é realmente um momento bacana.
Orpheu The Wizard – Idealizador da Red Light Radio, tem uma bagagem musical que impressiona. O set que vi dele lá em Amsterdam, ainda de dia, quase enfiado no meio de uma floresta, foi elegante e cheio de groove. Olho nele.
Já estou me alongando demais. Poderia me estender infinitamente e falar do line-up inteiro, uma vez que uma seleção dessas é para entrar para a História dos festivais de música eletrônica já feitos no Brasil.
Vai de cabeça aberta e experimenta o que conseguir, tem muito mais coisa bacana: Solar, Anthony Parasole, Call Super, Sassy J, Joey Anderson…